Mensagem do Presidente
Prezados conterrâneos,
Aproxima-se mais uma época natalícia, mas desta vez com as limitações de convívio que nos estão impostas, face à situação pandémica que vivemos há longos meses, devido ao contágio generalizado pelo vírus COVID-19.
O ano passado, por esta altura, estávamos muito longe de imaginar o que viria a acontecer no novo ano que se avizinhava, carregado, como sempre, de esperanças renovadas e de objetivos para concretizar. Assim foi, ainda, durante os dois primeiros meses, embora algumas nuvens negras já pairassem sobre o Mundo, pelas notícias ameaçadoras que nos iam chegando, designadamente da China, onde tal contágio foi primeiramente identificado.
Rapidamente o vírus, infelizmente letal para muitos, chegou até nós, portugueses, tal como crescentemente a inúmeros outros países, para não dizer a todo o globo.A pandemia que se gerou tomou conta de todos nós, condicionando drasticamente a nossa vida social, económica, cultural e até familiar, como só remotamente alguns têm ainda memória de tal ter acontecido no passado.
Infelizmente, de quando em vez a vida humana é assolada por crises graves, até mais prolongadas e mortíferas do que a vivida agora, mas é esta que ocupa presentemente as nossas profundas preocupações, mobilizando o muito e o que de melhor o Mundo tem para a combater.
De tal modo assim é que, ao contrário do que se receava aquando do surgimento dos primeiros surtos virais, não só foram criados, em tempo recorde, diga-se, vários tipos de vacinas contra o temível vírus, como há já países a aplicarem-nas massivamente. Em Portugal anuncia-se procedimento idêntico a partir já do próximo mês de janeiro, daqui a menos de um mês, portanto.
Apesar ainda dos condicionalismos que vivemos, é uma excelente notícia aquela, a melhor prenda coletiva que poderíamos receber neste Natal, por todas as perspetivas positivas que a todos nos abre para o próximo ano de 2021.
Tal otimismo, porém, tem de ser contrabalançado em termos individuais com o sentido de responsabilidade e de respeito pelo outro, acatando as orientações que nos vão sendo dadas e mantendo os procedimentos sanitários que temos vindo a cumprir, até que a vacinação atinja o número de pessoas que garanta a chamada “imunidade de grupo”, pondo-nos a salvo do famigerado vírus.
Como Presidente da Junta de Freguesia e, também em nome do Executivo, congratulamo-nos com a atitude cuidadosa e responsável que os nossos Fregueses têm mantido desde o início da pandemia, muito embora nenhum de nós, nem ninguém, esteja livre, involuntariamente e sem o saber, de vir a ser contagiado.
Receia-se, aliás, que em resultado do desconfinamento pelo Natal, de modo a permitir o convívio familiar possível e responsável, novo surto possa surgir no início do ano, pelo que nunca será demais apelar ao rigoroso cumprimento das medidas que nos forem sendo comunicadas. Confiamos que, dessa forma, consigamos manter a nossa Freguesia praticamente imune a contágios que ninguém deseja e convém por isso evitar.
A nossa congratulação envolve uma palavra de muito reconhecimento e apreço por todos os cuidados que têm sido seguidos no Lar Joaquim Maria Costa, da nossa Santa Casa da Misericórdia, e que o têm mantido invulnerável a contágios externos, infelizmente ao contrário do que tem acontecido em tantos outros congéneres. Por tal razão, daqui endereçamos as nossas felicitações à Senhora Provedora, restante equipa dirigente, colaboradoras e colaboradores, pelo excelente trabalho realizado. E, bem entendido, uma palavra também de muito apreço aos utentes e suas famílias pela compreensão e aceitação das medidas restritivas de visitas e de contatos pessoais implementadas, exclusivamente com a preocupação de proteger os nossos idosos, o que tem sido absolutamente conseguido até à data e assim desejamos que se mantenha, até que tais medidas possam ser levantadas em todo o país.
Na Mensagem do ano passado, manifestávamos o voto de …” crer que o Mundo poderá ser vivido de outra forma, com maior compreensão e solidariedade entre os povos, no fundo entre os seres humanos que todos somos, vulneráveis e efémeros, por muito que em determinados momentos das nossas vidas nos julguemos imunes a tudo o que nos rodeia.”
Como já dito atrás, a pandemia mobilizou o muito e o que de melhor o Mundo tem para nos oferecer. Geraram-se solidariedades pessoais, a nível individual e coletivo, políticas, institucionais, de apoio social e comunitário, que antes podíamos imaginar não serem possíveis, por vivermos uma época de egoísmo, cada um preocupado apenas consigo mesmo e com o seu pequeno núcleo familiar. Felizmente, não foi isso que nos foi mostrado.
Há, portanto, uma esperança renovada para 2021, acentuada pela descoberta da(s) vacina(s) que combaterá(ão) eficazmente o mal desejado vírus. Uma vez mais, o ser humano, no seu todo, vencerá mais uma das grandes adversidades com que se confrontou ao longo de toda a sua história de vida. Combatida esta, outras surgirão certamente, mas novamente o Homem, com todos os conhecimentos e possibilidades que não se cansa de procurar e de criar, encontrará as soluções para as enfrentar e vencer.
É nessa capacidade regeneradora que devemos confiar, e viver com esperança em dias melhores, para nós e para os que virão a seguir, porque a Vida é bela e merece ser vivida em plenitude.
É com esse espírito de renovada esperança que desejamos a todos os Fregueses, Colaboradores da JFM, seus Familiares e Amigos, em geral, dentro e fora de Montalvão e Salavessa, Festas Felizes, um Santo Natal e esperançoso Ano de 2021.
Com as minhas cordiais saudações,
O Presidente da Junta de Freguesia de Montalvão
José da Silva Louro Possidónio