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D. frei Vasco Fernandes, o último Mestre Templário

D. frei Vasco Fernandes foi o 28º e último Mestre da Ordem do Templo ou Templária (entre 1293 e 1311 ou 1314), em Portugal, quiçá na Europa e Comendador de Montalvão. Faleceu em 1323.

Vamos aos detalhes:

- Como é sabido, os monges-guerreiros da Ordem do Templo, assim auto - designados, por defenderem o Templo em Jerusalém, contra as hordas de infiéis, no âmbito das Cruzadas, vieram para os territórios da atual Península Ibérica em auxílio dos monarcas católicos que desencadearam a Reconquista Cristã e por aqui foram ficando. Desenvolveram importante ação tanto na defesa e consolidação dos territórios reconquistados aos árabes, como no respetivo povoamento, organização e desenvolvimento económico e social, ao longo de, praticamente, três séculos. Os vastos territórios que lhes foram doados pelos nossos reis, não só como recompensa pelo auxílio prestado, mas, sobretudo, com aquelas finalidades, permitiram-lhes tornar-se um Estado dento do próprio Estado, com todas as vantagens (para eles próprios) e inconvenientes (pelos ódios e invejas suscitadas) que disso decorreram.

Como seria inevitável, a conjuntura acabou por se tornar hostil aos membros da Ordem, em Portugal, como na Europa, designadamente em França, onde os bens dos Templários suscitavam igual ou maior cobiça por parte da nobreza, sedenta de iguais privilégios de poder e riqueza, inclusive por parte do próprio Rei Filipe IV, que então ali governava, agravando desse modo as relações com a Igreja, em sentido lato.

Por morte do Papa Bento XI, o francês Bertrand de Got foi eleito Papa em 1305, tendo adotado o nome de Clemente (V). Como é evidente, as relações entre aquele monarca francês e o papado melhoraram substancialmente, tornando-se, desse modo, mais proveitosas para ambas as partes.

Muito antes, porém, já tinham findado em Portugal (1287) as desavenças entre a Ordem do Templo sediada em Portugal e a Diocese da Guarda, em resultado da subida ao trono de D. Diniz (1279), bem como das alterações verificadas naquela diocese com a nomeação de um novo Bispo (D. Frei João Martins) e de um novo Mestre da Ordem (D. Frei João Fernandes). Em consequência disso, a Ordem perdeu a jurisdição de Montalvão e de Nisa, que transitaram para a posse daquela Diocese.

O golpe fatal dado à Ordem Templária ocorreu em finais de 1307. O já mencionado Filipe IV, com a cumplicidade do Papa francês Clemente V, eleito dois anos antes, mandou prender centenas de Templários, neles se incluindo o próprio Grão-mestre Jacques de Molay, acusando-os de heresia (veja-se, a propósito, o apontamento neste “sítio” sobre a "Inquisição"), sendo brutalmente torturados pelos inquisidores. 

Naquela altura, o Mestre da Ordem do Templo em Portugal era D. Frei Vasco Fernandes, igualmente Comendador de Montalvão, como mencionado antes.

Com a prisão de Jacques de Molay e a morte de muitos dos seus membros, a estrutura da rica e poderosa Ordem do Templo, e por isso invejada e temida, ficou irreparavelmente abalada e destruída, acabando por ser extinta em 1312, mediante decreto promulgado pelo Papa Clemente V, confirmando assim o que tais perseguições há muito prenunciavam. Como seria de esperar, os bens materiais da Ordem, após confisco, foram repartidos entre o Papado e a Coroa francesa, enquanto o Grão-mestre continuava nas masmorras da Inquisição.

Em 1314, o Grão-mestre Jacques de Molay seria condenado e queimado vivo, como aconteceu a tantos outros.

No mesmo ano, a Ordem Templária em Portugal foi abolida, mas em sua substituição o Rei D. Diniz, dois anos depois da extinção (1316), fundou a Ordem de Cristo.

Naquele interim, ou seja, entre a extinção da Ordem de que era Mestre e a criação da de Avis, D. Frei Vasco Fernandes permaneceu em Montalvão, onde se sentia a salvo da ira Papal, debaixo da proteção do seu Rei D. Diniz. Foi naquela sua Comenda que viveu até ao resto dos seus dias e onde morreu em 1323.

A seu pedido, terá ficado sepultado na Igreja Matriz de Montalvão, junto ao altar-mor, muito embora não existam registos fidedignos e incontroversos a este respeito. É, no entanto, que carece de estudo aprofundado, como, aliás, está a ser feito.

Montalvão teve muitos outros Comendadores, antes e depois de D. Vasco Fernandes, mas o que torna este merecedor de maior destaque, é a circunstância de ter sido o último Mestre da Ordem do Templo em Portugal e, dado ter sobrevivido a Jacques de Molay, o Grão-mestre da Ordem Templária, ter sido, por consequência, o último também a nível europeu. Só por tais factos, seria para todo o sempre um mui ilustre montalvanense, a que acresce a vontade expressa em ficar sepultado na sua Montalvão, em detrimento de um outro local de maior destaque, junto dos seus pares, mais reforçando a sua condição de genuíno montalvanense, de que todos nos devemos orgulhar. 

Luís Gonçalves Gomes

12 janeiro 2016; revisto em 12 outubro 2016

Bibliografia:

(1) CAPÊLO, José Manuel, Portugal Templário- A presença Templária em Portugal, Relação e sucessão dos seus Mestres (1124 - 1314); Ed. Zéfiro, 1ª edição maio 2008; 2ª edição setembro 2015.

(2) BENTO, Luís Mário, O Anel de Lázaro-Romance histórico sobre as vilas de Nisa e Montalvão; Ed. Colibri;
(3) ROSA, Jorge, Montalvão-Ecos duma História Milenar; Ed. Colibri/Câmara Municipal de Nisa

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