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Montalvão e sua relação com as antigas unidades de medida (1)

1. Introdução

Sinal da sua importância e do papel que desempenhava enquanto Concelho (até 1836, tendo então sido integrado no município de Nisa), Montalvão conserva reminiscências da problemática das medidas em Portugal, que tanta importância mereceu quer por parte dos antigos quer dos mais recentes governantes.
E essas reminiscências são tanto mais evidentes quando falamos dos diversos equipamentos utilizados para medição de pesagens, de capacidades (secos e líquidos), de extensões e de superfícies, alguns ainda utilizados nas transações efetuadas numa economia quase natural, mas também presentes ao nível da própria linguagem, retratando, de forma indelével mas perfeitamente coerente, a evolução histórica desta problemática.
Mas tudo isto vem a propósito de algo que, discretamente e decerto por muitos ignorado, constitui um pequeno exemplo mas um claro testemunho histórico da importância que Montalvão teve enquanto Concelho.
Referimo-nos, no caso, à “VARA” e ao “CÔVADO” que estão esculpidos nas primeiras colunas, respetivamente, dos lados esquerdo e direito da nave principal da Igreja Matriz de Montalvão, imediatamente a seguir à entrada.
O sistema de medidas para comercializar tecidos, no Portugal medieval, baseava-se no Palmo - a unidade de comprimento com 22 cm (atuais); em dois múltiplos: o Côvado, correspondente a três Palmos (também designado por Alna) e na Vara correspondente a cinco Palmos; e em dois submúltiplos: o Meio Côvado e a Meia Vara.
A Vara e o Côvado eram, então, uma medida lineares que valiam, respetivamente, 1,10 cm, e 66 cm - comparativamente aos valores do atual Sistema Métrico Internacional - e que, ao longo da evolução dos tempos e da história das medidas, acabaram, como muitas outras medidas, por cair em desuso. 
Variando de terra para terra, quem chegava a Montalvão para vender poderia confirmar, na Igreja Matriz, qual o padrão utilizado para medidas lineares (a “Vara” ou o Côvado).
 
2. Uma unidade de medida numa Igreja
 
Perguntar-nos-emos porquê a colocação ali, naquele local, numa igreja? Seguramente porque os adros das igrejas são locais tradicionalmente abertos e espaçosos porque destinados à realização de inúmeros e diversificados eventos sociais, nos quais o profano e o sagrado se cruzavam de forma natural e espontânea, como as festas, os mercados, as feiras e as procissões.
Naturalmente, e porventura em primeiro lugar, como sinal do respeito pelo sagrado e em reconhecimento da credibilidade que teria de estar necessária e inquestionavelmente intrínseca aos padrões utilizados nas medições. É essa seguramente a principal razão pela qual, inúmeras vezes esses mesmos padrões estão disponíveis nos locais próximos do ”sagrado”, as Igrejas: locais insuspeitamente credíveis. Quiçá, igualmente, como evidência do peso e da importância que a Igreja sempre teve na vida das populações e das sociedades.
 
Igreja Matriz de Montalvão – marcas de unidades de medida nas colunas da entrada
 
Padrão da Vara                                                                   Padrão do Côvado
(séculos desconhecidos)
 
3. Outras peculiaridades métricas” locais
 
3.1 O Alqueire
 
Outro exemplo que poderíamos abordar e que ainda hoje está presente na linguagem comum da generalidade da população Montalvanense, como em outras regiões de Portugal, é o termo Alqueire. Mais que isso, continua mesmo a ser utilizado, nos nossos dias, ainda que marginalmente, na medição, por exemplo, do azeite, nesta economia de carácter essencialmente natural e na qual aquele produto - o azeite - continua a ter um papel tão importante, por ter reconhecida qualidade e ser amplamente apreciado, diríamos quase venerado, pelos filhos desta terra, que teima em manter-se orgulhosa do seu passado. É outro exemplo da forma lenta como este processo evoluiu ao longo dos tempos.
 
No entanto, esta medida de capacidade - o alqueire - que variava de terra para terra, foi usada principalmente para os cereais, significando, contudo, quantidades diferentes de região para região. Por exemplo, na região de Lisboa e para volumes secos, valia 13, 8 litros, enquanto na região Norte, o alqueire equivalia geral e modernamente a vinte litros, também no caso dos secos
Curiosamente, só em algumas províncias se usa o termo alqueire referido a líquidos, equivalendo a meio almude. Ora se um almude corresponde a 16,80 litros, como se infere da tabela de 1864, anexa, um alqueire corresponderá a 8,40 litros.
 
A cada passo que percorremos, este tema devém, assim, mais interessante, quando se sabe que em Montalvão um alqueire, para líquidos, corresponde a 10 litros.

3.2 A Canada

Quem não se lembra das quadras populares cantadas nos dias festivos em que se dizia:

“Venha vinho, venha vinho

Venha mais meia canada

O dinheiro paga tudo

Não se fica a dever nada”.

 

Correspondendo a meia canada a 0,70 litros, no caso de vinho

Meia Canada - Medida Padrão para volume de líquidos de D. Sebastião(1575)

 

(1) GRAÇA, José Luís“Os Pesos e as Medidas em Portugal - Montalvão e osTraços do seu Passado”Excerto (sic)

 

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