Capelas
A fé e a religiosidade do povo montalvanense manifestaram-se por diferentes formas, com maior evidência para o culto dedicado a diversas santidades, cujas imagens se encontravam ou encontram ainda nos altares da Igreja Matriz ou nas várias capelas construídas para esse efeito.
Assim, foram dedicadas capelas aos Santos devotados, que adotaram o nome respetivo, como se indica: as que ainda existem - Ermida de Nossa Senhora dos Remédios (com celebração anual e peregrinação em 8 setembro; v. "Ermida de Nossa Senhora dos Remédios" neste "sítio"); S. Pedro (aberta ao culto, embora em ocasiões muito especiais); Espírito Santo (encontra-se desativada); São Silvestre, ostentando no centro da abóboda uma cruz templária (aberta ao culto, nomeadamente no dia da romaria - primeiro domingo após a Páscoa - e consequente evocação deste Santo Papa - Silvestre I, v. apontamento específico, in "Tradições Religiosas", neste "sítio") e Santo André (v. Nota, infra).
A capela de Santo André, situada no subúrbio de Montalvão com o mesmo nome, ainda se encontra em razoável estado de conservação exterior, mas não está aberta ao culto. Pertenceu outrora à Irmandade da Misericórdia e nela …”se fazia a Festa num domingo de Agosto, com música, arraial e fogo de artifício”… (1)
Em zonas limítrofes da freguesia, encontram-se as seguintes ermidas: Nossa Senhora dos Remédios (com celebração anual e peregrinação em 8 setembro) e S. Silvestre (ostentando no centro da abóbada uma cruz templária), ao passo que as restantes se localizam na malha urbana.
Todas as capelas e ermida pertencem atualmente à Diocese de Portalegre - Castelo Branco e, no caso em apreço, à Fábrica da Igreja Paroquial de Montalvão.
Dentro ainda do perímetro existe também a Igreja da Misericórdia, esta sob a égide e tutela da Santa Casa da Misericórdia de Montalvão.
Para além daquelas capelas e ermida, recordam-se ainda as já extintas e, quiçá, fisicamente desaparecidas: de Santa Margarida (ruínas ainda visíveis), do Mártir Santo (há muitos anos integrada em propriedade com habitação particular), da Madalena (a que se deve o topónimo de Sítio da Madalena), de S. Marcos (outrora localizada junto às muralhas da vila – sem vestígios conhecidos), de Santo António (sem qualquer evidência, em local indeterminado) e a de São João (eventualmente localizada onde existe há muitos anos uma residência particular, na rua de São João, antes do Arrabalde). (2)
Luís Gonçalves Gomes
12 janeiro 2016
Revisto em 14 maio 2020
(1) BARATA, José Pedro Martins, Tradições Religiosas em Montalvão e Póvoa e Meadas; Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. Separata da revista Ethnos;
(2) Memória popular.